
Comércio hoje e amanhã: não basta abrir as portas é preciso se conectar
Entrevista com Maria Inês Cordeiro da Silva Guiné, Presidente da ACIG – Guarapuava e com o sócio fundador da Loja Expressiva Eduardo Christ
Em um mundo onde as transformações acontecem em ritmo acelerado, o comércio local precisa mais do que abrir suas portas: é preciso se reinventar, se capacitar e se conectar com as novas demandas de um consumidor cada vez mais exigente e conectado.
É com esse olhar atento ao presente e visão estratégica para o futuro que a presidente da ACIG (Associação Comercial e Empresarial de Guarapuava), Maria Inês Guiné, conduz sua atuação. Nesta entrevista, ela compartilha os desafios enfrentados pelo comércio guarapuavano, as iniciativas da associação para impulsionar os negócios locais e a importância da tecnologia e do associativismo para o crescimento sustentável da região.
Desafios reais do comércio em Guarapuava
Maria Inês é direta ao apontar os principais entraves do setor: “Os comerciantes enfrentam uma série de dificuldades. A começar pela adaptação às mudanças tecnológicas, que exige uma velocidade muitas vezes maior do que a estrutura disponível. Soma-se a isso a concorrência desleal com grandes plataformas e marketplaces, a escassez de mão de obra qualificada e a insegurança diante das políticas econômicas federais.”
A dificuldade em atrair e manter clientes no ambiente físico também é um ponto crítico, principalmente com as mudanças constantes no comportamento do consumidor. Para muitos, o acesso a crédito e recursos financeiros é limitado — o que compromete a capacidade de inovar e expandir.
Transformação digital: mais do que uma tendência, uma necessidade
Frente a esse cenário, a ACIG tem assumido um papel fundamental: o de apoiar ativamente a modernização e capacitação do comércio local. Através de parcerias estratégicas com o Sebrae, são oferecidos treinamentos em marketing digital, gestão e inovação, aproximando os empresários das soluções tecnológicas.
Além disso, os Núcleos Setoriais e Multissetoriais, as rodadas de negócios e, mais recentemente, o HUB de Inovação da ACIG são instrumentos que fortalecem a cultura empreendedora local, conectando necessidades reais com soluções acessíveis e aplicáveis. “Nosso objetivo é apoiar o comércio em sua adaptação ao novo mercado. Não é apenas sobre digitalizar, mas sim sobre transformar com consciência, estratégia e foco no cliente”, reforça Maria Inês.
Marketplace, e-commerce e uma mudança cultural em curso
Embora ainda exista uma certa resistência, especialmente no comércio mais tradicional, a presidente da ACIG acredita que o comércio local está, aos poucos, compreendendo a importância do ambiente digital. “Estamos em um momento de virada cultural. Muitos empresários já enxergam o digital como algo inevitável e, mais do que isso, como uma oportunidade concreta de crescimento.” Nesse processo, o HUB de Inovação tem desempenhado papel-chave ao aproximar soluções tecnológicas dos comerciantes, com capacitações práticas e acessíveis.
Lições da pandemia: o que veio para ficar
A pandemia acelerou tendências e forçou o comércio a se adaptar. Compras online, pagamentos digitais e atendimento personalizado passaram de diferenciais para requisitos básicos. Para Maria Inês, essas transformações marcaram uma nova era no relacionamento com o cliente. “Hoje, a experiência é mais importante do que nunca. O cliente quer agilidade, segurança, e também atenção. Ele está conectado com o mundo todo — e espera o mesmo nível de excelência do comércio local.”
Concorrer com gigantes: o diferencial está na experiência
Em vez de tentar competir em volume ou preço com grandes marketplaces, Maria Inês defende que o comércio local deve apostar naquilo que essas plataformas não conseguem oferecer: o vínculo humano. “Um atendimento personalizado, um produto ajustado à realidade local, o pós-venda feito com proximidade. Essa é a força do comércio físico — e também é o que fideliza o cliente.” A ACIG estimula a colaboração entre empresas locais, fortalecendo o ecossistema empresarial por meio dos núcleos e redes de cooperação.
Tecnologia como ferramenta estratégica
A presidente da ACIG afirma que ferramentas como plataformas de e-commerce, sistemas de gestão, marketing digital e análise de dados são essenciais para o comerciante que deseja se manter competitivo. O HUB de Inovação da ACIG atua justamente nessa frente, preparando comerciantes e equipes para lidar com essas ferramentas de maneira prática, eficiente e integrada ao negócio.
Loja física + digital: uma união possível e poderosa
Maria Inês garante: a integração entre loja física e digital não só é viável para pequenos negócios, como é uma estratégia necessária para enfrentar o novo cenário de consumo. “A tecnologia deve unir os canais, não dividir. É possível — e recomendável — criar uma experiência fluida, onde o cliente pode conhecer online e finalizar a compra no físico, ou vice-versa. O importante é entregar conveniência e confiança.”
Projetos que constroem o futuro
A ACIG vem investindo fortemente em ações voltadas para a inovação, como:
- Programas de capacitação empresarial
- Parcerias com empresas de tecnologia
- Fortalecimento do Núcleo de TI (NTI)
- HUB de Inovação para soluções práticas
- Participação no Fórum de Desenvolvimento e no Conselho de Inovação
- Fomento à criação de redes de negócios locais
Esses projetos têm como foco preparar o comerciante de Guarapuava para o que vem pela frente, de forma colaborativa e sustentável.
Mensagem final: Confiança, adaptação e pertencimento
“Minha mensagem para os empreendedores é clara: não tenham medo de se adaptar. A transformação digital é uma oportunidade, não uma ameaça. Busquem apoio, aproveitem os recursos que oferecemos e lembrem-se de que vocês não estão sozinhos. A ACIG é a casa do empresário — e está aqui para ajudar você a crescer.”
Conecte-se com a ACIG
Instagram: @acigguarapuava
LinkedIn: ACIG Guarapuava
Site Oficial: www.acig.com.br
E-mail: marketing@acig.com.br
Há mais de 19 anos com a Teorema, ditando tendências com elegância, estratégia e tecnologia.
Em um cenário de mudanças aceleradas no varejo, onde o comportamento do consumidor se transforma constantemente, a Loja Expressiva é um exemplo vivo de como é possível evoluir sem perder a essência. Há mais de 19 anos cliente da Teorema Sistemas, a empresa comandada pelo sócio fundador Eduardo Christ se mantém firme como referência em moda, atendimento personalizado e gestão eficiente.
Com uma trajetória marcada por ousadia e visão estratégica, a Expressiva não apenas acompanhou as mudanças do mercado — ela se antecipou a elas. Prova disso foi a inauguração de sua nova sede, em 2022, com 1.700 m² pensados nos mínimos detalhes para proporcionar uma experiência única. “Cada centímetro da loja foi projetado para encantar desde a entrada. Em meio a tantas opções online, a experiência presencial virou o nosso maior diferencial”, afirma Eduardo.
Para ele, a principal transformação do comércio nos últimos anos não foi tecnológica, mas comportamental: o cliente mudou. E isso exigiu uma nova postura das empresas. “O consumidor está mais exigente, mais informado. Ele espera mais do que um bom produto — quer ser bem atendido, quer viver algo marcante.”
Esse novo perfil de cliente exigiu da Expressiva uma operação ágil e ao mesmo tempo próxima. O grande desafio? Manter um atendimento de excelência sem perder o controle de estoque, pedidos, fluxo de caixa e performance. “Trabalhamos com coleções exclusivas, curadoria detalhada e um rigor enorme com cores, tamanhos e combinações. Um erro pode comprometer a experiência do cliente — por isso, precisamos de precisão.”
Foi nesse ponto que a parceria com a Teorema Sistemas se tornou estratégica. Com a implantação do ERP Teorema, a loja ganhou agilidade, organização e inteligência. “O sistema nos dá controle total sem engessar nosso estilo. Temos visão em tempo real de compras, vendas, estoque, metas e resultados. Isso libera nosso time para focar no que realmente importa: o cliente.”
Mesmo com uma estrutura física encantadora, a Expressiva entende o valor do digital. Redes sociais, WhatsApp e outras ferramentas são utilizadas para inspirar, apresentar lançamentos e manter um vínculo constante com os clientes. Mas Eduardo é enfático: “No nosso caso, o digital serve ao físico. Ele convida, mas é na loja que o encantamento acontece. Usamos a internet como ponte, não como destino.”
Ao longo dos anos, a Expressiva adotou uma comunicação próxima, personalizada e sem excessos. As consultoras criaram uma rotina ativa no WhatsApp, as redes viraram vitrines em movimento, e a identidade da marca se manteve firme, mesmo nas plataformas digitais. “A chave é não perder o foco: o cliente quer se sentir único, seja online ou presencialmente.”
Para quem ainda resiste às transformações digitais, Eduardo deixa um conselho valioso: “Não dá pra resistir, mas dá pra escolher como se transformar. O digital não precisa tirar sua identidade. Com as ferramentas certas, ele fortalece o que você tem de melhor.”
E se fosse começar tudo de novo? Eduardo não hesita: “Começaria com um bom ERP, uma equipe treinada e um espaço planejado para impressionar. Quando a base é forte, o crescimento vem mais leve.”
Com quase duas décadas ao lado da Teorema Sistemas, a Expressiva prova que tradição e inovação podem — e devem — andar juntas. Uma parceria que vai além do sistema: é sobre confiança, evolução e foco total no cliente.
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