
Dia mundial do Meio Ambiente – tecnologia a serviço da preservação
Dia mundial do Meio Ambiente tecnologia a serviço da preservação, na Teorema Sistemas, acreditamos que tecnologia e sustentabilidade caminham juntas. Por isso, apoiamos iniciativas voltadas à preservação ambiental, ao uso consciente dos recursos naturais e à construção de um futuro mais equilibrado. Nossa missão é oferecer soluções de gestão que otimizem processos sem deixar de lado a responsabilidade socioambiental.
Nesta entrevista para o blog, Marco Antonio Silva, chefe do Escritório Regional de Guarapuava do Instituto Água e Terra (IAT) compartilha um pouco de sua trajetória profissional, comenta as mudanças na área ambiental nas últimas décadas e fala sobre como a tecnologia tem sido aliada na preservação dos recursos naturais.
Marco Antonio Silva, tem formação em Biologia Marinha e Gestão Ambiental, além de especializações em Aquicultura, Educação Ambiental e Gestão Ambiental, Marco Antonio Silva atua como gerente da Bacia Hidrográfica do Médio Iguaçu e chefe do Escritório Regional de Guarapuava do Instituto Água e Terra (IAT), órgão vinculado à SEDEST – Secretaria Estadual de Desenvolvimento Sustentável do Paraná.
“Fui convidado a participar de um dos eventos da Rio ECO 92 – Conferência Mundial de Meio Ambiente e Desenvolvimento. Aquele evento foi um divisor de águas para a minha maneira de ver a questão ambiental.
Em 1993 vim trabalhar no então recém emancipado município de Candói e em 1995 realizamos intuitivamente a 1ª Semana do Meio Ambiente para tratar de diversos aspectos ambientais em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, evento este que teve uma repercussão surpreendente em todo o estado passando a ter uma grande adesão de várias instituições e ONG’s Ambientalistas nas edições seguintes. Mais tarde descobrimos que fomos o primeiro município a realizar a Semana do Meio Ambiente no Paraná.”
“Em 1999 fui impulsionado a me aprofundar nos conhecimentos da área ambiental e fiz a especialização em Educação Ambiental na UNICENTRO, me fixando de vez ao trabalho nesta área.”
Meio ambiente ontem e hoje
O senhor já vivenciou muitas transformações na área ambiental. O que mais mudou, na sua opinião, nos últimos 10, 20 ou 30 anos? E a consciência da população sobre meio ambiente: está mais forte hoje ou ainda temos um longo caminho?
Nos últimos 30 anos tive a oportunidade de observar, conhecer e experimentar muitos aspectos da questão ambiental. Aprendi que quando se trata de meio ambiente devemos tratar da vida como um todo. Nos anos 90 tínhamos o que eu chamaria de uma visão romântica e quase guerrilheira na defesa do meio ambiente, muito motivada pelos grandes desastres e a demonstrada capacidade de destruição do ser humano.
Entre os anos 2000 e 2010 houve um período de construções. Muito foi estabelecido nas ferramentas de Gestão Ambiental pública e privada, a tecnologia apoiou decisivamente a comunicação e o aprimoramento dos conhecimentos ambientais, a visão da questão ambiental foi amadurecida pelos diversos debates, e a cultura, a educação e a política incorporaram o discurso ambiental apontando os caminhos necessários à sustentabilidade. Em paralelo a esses avanços, motivados pela agressividade imposta pelo ganho econômico de algumas nações e empresas, tivemos o aumento dos impactos ambientais negativos e hoje em dia já podemos comprovar o desequilíbrio ambiental com reflexos no clima, na biodiversidade e no próprio ser humano, que infelizmente ainda perdurará por longo tempo.
A propaganda ideológica anti-natureza da última década foi nefasta para a harmonia e o bem-estar no planeta. Nunca foi tão necessária uma Educação Ambiental múltipla, profunda e engajada como agora. A consciência ambiental por si só não é suficiente. Todos sabemos da responsabilidade do ser humano para sua harmonia com a natureza. Devemos transformar consciência ambiental em novos hábitos até que estes se tornem Virtudes e Valores Humanos.
Tecnologia a favor da natureza
Hoje em dia, temos drones, aplicativos, imagens de satélite, bancos de dados integrados… Na sua visão, como a tecnologia tem ajudado na preservação ambiental? Pode dar algum exemplo prático de como sistemas de informação estão sendo usados para proteger rios, florestas ou espécies ameaçadas? O ecossistema em geral?
A SEDEST, através do IAT e do SIMEPAR – Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná, atua com uma grande variedade de instrumentos tecnológicos para diagnósticos e monitoramentos ambientais. Os sistemas de gestão disponibilizados à população garantem mais agilidade, precisão e menor custo nas prestações dos serviços, informando e dando acesso direto ao licenciamento e fiscalização ambiental pelas diversas plataformas. O IAT tem o NGI – Núcleo de Inteligência Geográfica e da Informação, que acessa imagens de satélite de grande precisão, identificando crimes ambientais com exatidão.
A partir de alertas gerados pelos sistemas de análise de imagens, o IAT chega a qualquer local onde um possível crime tenha acontecido. Os aplicativos indicam as coordenadas e a extensão do dano, sendo conferidos por terra, água e ar — com apoio de helicópteros e drones. O IAT também possui sistemas de monitoramento e bancos de dados que acompanham a poluição atmosférica, sonora e hídrica, além do rastreamento da fauna ameaçada.
O papel dos sistemas de gestão
Como o uso de sistemas informatizados pode contribuir para o controle, fiscalização e gestão ambiental?
Penso que um sistema básico de Gestão Ambiental deve se basear primeiro na informação, depois na acessibilidade e inclusão aos serviços de autorizações e licenciamento, para então auxiliar na fiscalização do cumprimento das normas ambientais. Hoje temos no IAT o SGA – Sistema de Gestão Ambiental para a obtenção das Licenças Ambientais, e o SIGARH – Sistema de Informação para Gestão Ambiental e de Recursos Hídricos para outorgas de captação de água e lançamento de efluentes.
É por esses sistemas que os técnicos acompanham os controles e condicionantes, e vão a campo apenas quando necessário. Algumas empresas privadas também adotam sistemas robustos para atender a exigências internacionais de certificação ambiental.
Conscientização com inovação
O senhor acha que a tecnologia também pode ser uma aliada na educação ambiental? Como despertar esse cuidado desde cedo, com apoio da inovação?
A Educação Ambiental é uma ciência múltipla e em constante aprimoramento. Entendo a tecnologia como uma extensão das possibilidades humanas. O uso dela na Educação Ambiental ainda é incipiente, ficando restrito a iniciativas de professores, ONGs ou empresas. Podemos citar a tecnologia 3D, que permite visitas virtuais guiadas a trilhas interpretativas, museus ou ambientes aquáticos, com informações e reflexões importantes.
Visão de futuro
O que o senhor gostaria de ver acontecer nos próximos anos em relação à tecnologia e meio ambiente?
Hoje vemos a tecnologia sendo muito utilizada para criar outras realidades. Precisamos manter a tecnologia como meio, não como fim. Ela deve nos aproximar da nossa natureza, não nos afastar. Quando a tecnologia nos conecta à natureza, estamos no caminho certo. Caso contrário, caminhamos para a auto extinção.
Mensagem final para as novas gerações
Cabe à atual geração se conscientizar do seu papel na harmônica convivência com a natureza. A natureza é perfeita — como nós devemos procurar ser. Não se caminha rumo à perfeição sem inovação. O avanço da tecnologia nos trouxe muitas distrações. Precisamos nos reconectar à realidade. Há 30 anos, realizamos a primeira Semana do Meio Ambiente do Paraná, inspirados pela Rio ECO 92. Ainda precisamos da Educação Ambiental para ajustar nosso olhar. No futuro, com novas gerações mais conscientes, o pensamento ambiental se tornará um hábito espontâneo. E, mais adiante, esse hábito se transformará em um Valor Humano — uma Virtude que nos trará harmonia, paz e real evolução – Marco Antonio Silva.
Na Teorema Sistemas, acreditamos que construir um futuro mais sustentável começa pelas escolhas de hoje. Por isso, incentivamos ações de preservação e incorporamos práticas conscientes em nossos próprios processos internos — desde o uso da tecnologia até a forma como enxergamos o futuro.
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